sexta-feira, 29 de abril de 2011

Príncipes e sapos.

Segunda-feira chorei por me despedir de um príncipe. Terça uma princesa decidiu, de uma vez por todas , largar do sapo. Sexta tem casamento de plebeia com a realeza. A vida está repleta deles: príncipes e sapos.
Alguns , como o tão comentado William, são loiros, altos , ricos. Mas, convenhamos, esses são tão poucos que mais parecem história da carochinha. Deixemos esses pro site de fofoca que tá cobrindo esse tal casamento.
Falemos dos mais palpáveis, reais e (por que não?) perigosos.
A princípio, todos são príncipes. Não por suas capas e espadas, ou beleza, ou requinte, ou cavalheirismo, ou coisa que o valha. São príncipes porque nos os fazemos assim. A medida que se apaixonam, as princesas criam os seus príncipes na figura amada.
Mas com o andar da carruagem , o filme roda, surgem as cenas dos próximos capítulos e aí que a coisa se revela. As vezes, aquele carinha que você sequer imaginava ficar se revela "o encantado". Ele pode não ser tão alto ou forte, mas tem o abraço que te encaixa perfeitamente, e o beijo que te deixa elétrica só de lembrar. E com o passar do tempo vc nota que sabia o real significado de amor, até ler o que ele escreveu sobre o amor de vcs. Ele passa longe de ser o genro perfeito, mas pra vc ele é a definição de perfeição. Tirou a sorte grande princesa!!
Tem também a situação inversa. O cara se mostra o sonho de qualquer uma. Olhos azuis (ou castanhos , verdes, negros. tanto faz. afim de implicar com azuis), pinta de bom moço, rouba a lua pra te presentear. Você julga ter achado o par perfeito, que nada nem ninguém irá atrapalhar. Até que o próprio príncipe cisma que ser sapo é mais legal. Sem quê nem porquê, dó nem piedade, te expulsa do castelo de vocês, sem se importar de deixar um coração em frangalho. E vc passa a se perguntar o que deu errado? Quando foi um que e.t. sem coração possuiu o corpo do seu herói e fez com que ele se tornasse alguém tão frio e cruel. E , nesse momento, tudo parece perder o sentido e a princesa jura que nunca mais vai se reerguer.
Mas vale lembrar que estamos falando de princesas!! Elas costumam ser frágeis, concordo, mas a história e a Disney nos mostram que na hora que o calo aperta elas fazem aquela pose cheia de atitude, arregaçam as mangas e vão a luta.
E depois de muitas lágrimas, chocolate e filmes tristes, percebemos que o sapo sempre foi um sapo, mas ele serve pra que a gente tenha mais referência para tentar reconhecer um príncipe.
No fim das contas, sempre existirão príncipes e sapos em nossas vidas. São mal necessário. Mas se tem uma coisa que não muda é, com príncipe ou sapo, nos ainda somos princesas!

"Somos tão jovens..."


"Quando tá escuro, e ninguém te ouve. Quando chega a noite, e você pode chorar..."

No momento, eu e outras princesas estamos passando por uma fase marcada por lágrimas. Vi pessoas sofrerem e outras agirem como idiotas. São coisas da vida, claro, mas a vida poderia ser menos dura. Por que o coração dispara quando deveria ser indiferente? O coração age por impulso e se esquece que faz parte de mim, e que qualquer besteira que ele faça sou eu quem sofre as conseqüências.
Percebemos que estamos a beira da loucura quando nada mais faz sentido, quando as coisas ficam confusas e você se sente sem rumo, sem forças. O que era pra ser simples se complica. O que era pra ser cômico torna-se trágico. Acordar por acordar. Dormir por dormir. Comer por comer. Viver por viver. Mesmo com tudo dando errado e parecendo que tem alguém que torce pra eu me ferrar, consigo encontrar em algumas pessoas forças para continuar de pé. Não que elas estejam super bem, cheias de alegria para me transmitir, possivelmente estão piores do que eu, e são nessas horas que percebo que a vida ainda vale a pena, pois posso não estar sendo a melhor ajuda pra mim no momento, mas isso não quer dizer que não posso ser uma boa ajuda para o outro.
E é vendo esses amigos passando pelo mesmo momento emocional que o meu que eu penso não estar louca. Que isso tudo é uma fase. Que VAMOS superar! Mais do que ninguém sei que é difícil viver apenas de sonhos, pensamentos positivos, fé e esperança. Sei que as vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e sumir da Terra. Mas se fizermos isso, quem irá dar suporte à aqueles que podem estar passando por dificuldades maiores que as suas? Esses são sentimentos que nunca devem se perder, pois enquanto tivermos uns aos outro, podemos superar qualquer obstáculo, por mais obscuro que seja o caminho.
Portanto princesas ( e hoje um príncipe especialmente) não desistam! A vida é muito breve e somos muito jovens para enlouquecer. Existe um mundo de possibilidades te esperando, basta saber buscar. E sempre que você pensar que não tem mais jeito, que é o fim, lembre-se que tem alguém tentando superar os próprios problemas só para poder te ajudar.


Amor em moldura

O primeiro amor é indecente. É o estupro da alma. Libido do coração. É como uma dose, aquela que você toma num gole só; Te tira dos eixos, te arranca os pudores, te deixa tonto e com vontade de “quero mais”.
Chega gritando, te escancarando. Põe fogo nos olhos e brasa nos lábios. Tuas mãos, em carne viva de desejo, não suportam o menor toque do outro. Teu corpo quer se encolher, adentrar, possuir aquele que te toca. Um ritual animalesco; Pelo com pelo.
Há um incêndio no teu eu, uma erupção. Fica um cheiro de coisa nova, um gosto de descoberta e uma sensação de eternidade.

O primeiro amor é inesquecível. É um céu na Terra. Paraíso particular. É como um bom vinho, aquele que você toma em pequenos goles. Te faz flutuar, te coloca no colo, te aconchega nos braços como canção de ninar.
Chega de mansinho, te galanteando. O que antes era lagarta, agora é borboleta. Tua carne, como em areia movediça, é tragada pelas carícias do outro. Homeopatia. Semelhante curando semelhante.
Há uma metamorfose em você, uma transformação. Fica o friozinho na barriga, queimação, olho no olho. Resta um sentimento de leveza, um quê de calmaria e uma sensação de eternidade.

O primeiro amor é inconseqüente. É transgressão da matéria. Miopia do ser. É como uma droga, aquela que te deixa em abstinência. Te mostra o novo, te leva pra longe, te arranca do casulo, despindo-o da cabeça aos pés.
Chega sufocando, tirando teu ar. Inquieta tua mente e acaba com a razão. Teu cérebro, dopado de endorfina, não se atreve a esquecer aquele que se ama. Tara. Impulso por impulso.
Há um misto de inocência e gozo, inexperiência do prazer. Em não se limitar vem as descobertas. Sobra a vida por viver, um romance nas estrelas e a mesma sensação de eternidade.

O primeiro amor é limitado. É um ciclo. Sonho bom. Eternidade finita. Fim de jogo!