segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Protegendo a Sociedade

Sempre me achei uma pessoa do bem. Mas na madrugada de sexta pra sábado me superei num gesto grandioso de bondade.

Eis que voltando da comemoração de aniversário de uma amiga, dentro do ônibus, nosso grupo de amigos acabou fazendo amizade com o restante dos passageiros (algo típico nosso).

Depois de um tempo de uma sólida amizade (uns 15 ou 20 minutos) sem quê nem porque começou um briga que aparentemente tomaria proporções gigantescas sem a minha intervenção e a de uma amiga. Foi tudo muito rápido. Em um momento estamos conversando, brincando e no outro estamos separando uma briga. Mas com doces palavras e uma dose de força bruta conseguimos acalmar os ânimos dos nossos amigos. Se bem que o fato do outro garoto ter descido do ônibus facilitou muito.

Não vou dizer que foi uma tarefa fácil, os meninos estavam transtornados mas nós já estamos acostumadas com esse tipo de situação. Na verdade, o estranho é quando a noite não termina em briga. Pois bem, como a nossa amizade com o tal brigão já tinha chegado em um nível bom ele respeitou nossos pedidos de "paz" , "deixa disso, cara" e "Brigar pra que??"

Tenho que confessar que depois desse dia, eu mudei. E venho diariamente querendo mudar. Estou pensando em fazer algum serviço comunitário, algo pra ajudar a sociedade sabe? Percebi que tenho essa preocupação no meu ser. E essa briga só aflorou esse meu lado.


domingo, 14 de julho de 2013

Presa no heterossexualismo

Eu não posso ser lésbica !
É sério. Não posso mesmo. O motivo?
Bem ... são cinco !!!

Primeiro porque já tem um homossexual na minha de família de sangue. Na de coração tem dois. Entendo que a cota já acabou aí né?!

Segundo porque minha avó (que me criou <3) sempre falou em alto e bom som que teria um neto gay mas NUNCA/JAMAIS teria uma neta sapatão (Sim! era uma ordem). Não se enganem,pois não era indireta. Ela falava:

"Tá ouvindo né, Karine???"

Terceiro porque minha amiga de infância é ! Então, se hoje eu decido ser lésbica os vizinhos logo vão falar:

"Karine e fulana? humpf !! Sempre soube. Desde crianças ... desde crianças ..."

E eu é que não vou dar embasamento para as fofocaiadas deles.

Quarto motivo, voltando ao assunto desse meu parente gay, ia parecer que estou disputando a atenção da família com ele. Ia ficar muito na cara que eu estava querendo imitá-lo ou então que eu queria ser o assunto do almoço de domingo.

Enfim, é complicado ter só uma opção na vida. Uma vida pautada em impedimentos, sem escolhas e sem esperança.

Ah ... faltou o quinto e último motivo.

É que ... eu simplesmente gosto de ser hétero mesmo ;)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A menina ...



Ela não era uma menina qualquer. Era especial. Foi regada a muitas séries norte-americanas. Muita novela mexicana e muitos dramas inventados.
Não era uma menina mimi, ela não aprendeu a ser assim. As suas heroínas não a ensinaram a ser assim. Ela nem entende como existem meninas assim.

A menina do nosso conto gosta de ser amiga dos meninos gosta de ter o que conversar com eles e vai sem medo de entrar na friend zone. Dificilmente ela vai interromper um assunto para retocar a maquiagem na "night". Mas é bem capaz de parar pra pegar uma vodka...
A nossa menina não resiste em fazer a maluca quando pode. E esse é o problema. Esse é todo o X da questão.

Ela sabe que tá se fazendo de maluca e continua. Ela não escuta os conselhos dos amigos e sempre acha que está certa. E pq ela acha isso? Pq ela viu a Marissa fazer inferno na vida do Ryan durante três temporadas ele terminou a série gostando dela.

Será que a menina vai entender que a vida real não é como nos seriados? 
Mas se algum dia ela compreender isso, será que vai suportar tamanha dor? 
Possivelmente não.
Essa menina acredita fervorosamente que um Scofield vai morrer por ela um dia. 

Mas se esse dia chegar, será sua última temporada. Ela simplesmente vai se tornar uma menina como outra qualquer. Sem brilho, sem histórias e infeliz !!